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O medo em mim é um gigante. Medo do novo. O novo nos deixa desnorteados, justamente porque saímos da zona de conforto, daquilo que nos era aprazível e encaramos algo diferente. Isso é bom, mas causa angústia. E paraliza. Medo de ser incompreendida, de se precipitar, de errar, ferir, frustrar. O medo é sim um gigante. Tudo novo e eu amedrontada por causa do passado. Ninguém esquece os erros, apenas olha para eles como se fossem aprendizados. Erros que proporcionaram amadurecimento. Mas, ao olhar para trás, ainda estão lá, e continuam sendo erros, porque, às vezes, é só errando que se aprende. Mas o erro nunca será um acerto, nem contando que se aprenda!
Erro é erro. Acerto é acerto. Cicatriz é cicatriz. Aprendizado é aprendizado.
Existe um medo pairando num buraco do peito. Parece que encontrou lugar bom, querendo levantar lonas e dizer que veio para ficar. Para vencê-lo, só mesmo fazendo-o sentir-se tão pequeno a ponto de perceber-se desnecessário, ínfimo, desaconchegado, e ir-se. Para vencê-lo, só mesmo uma atitude de coragem que o faça sentir medo de mim. Imagina: o medo com medo da minha coragem...
Mas cada dia é uma luta, ele querendo apoderar-se do que não lhe pertence, e eu tentando vencê-lo a qualquer custo. O medo é sim um gigante. O medo é Golias, e eu, o pequeno Davi. São tantas vozes dizendo que não devo, são tantos outros caminhos para fugir... E eu aqui, querendo acertar o alvo para conseguir avistar o horizonte que se forma atrás do gMoEliDasO. Com certeza ele deve ser bonito, bem diferente desse que avisto agora, enquanto sigo para o rio em busca de 5 pedrinhas...
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ps: que foto simplesmente linda!!! Eu quero um horizonte assim. :)
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