2008/04/10

Horizonte, aprendizado, amanhecer

Ricardo Braescher - Pôr do sol em Porto Alegre (olhares.com)

A gente, na verdade, só sabe que quer ser feliz, aconteça o que acontecer. E espera poder alcançar horizontes hoje tão distantes aos olhos. Porém, muitas vezes, não sabemos quais os motivos que nos levam a caminhos antes impensáveis. Acho que a vida quer mesmo é nos mostrar que há tantas outras formas de se aprender, de se amadurecer, que escolhe, por vezes, distanciar ainda mais essa linha, para que o desejo de um dia te-la nas mãos não desfaleça.
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Para mim, o que mais vale mesmo é, por vezes, aquietar-se, como um suspiro doce de infinitos, e esperar para que do coração venha aquela secreta voz que nos diz que rumos tomar. A vida, às vezes, quer mesmo é saber o que vamos fazer com aquelas coisas que não deram certo, que nos distanciam do h.o.r.i.z.o.n.t.e. (os sonhos. os desejos. as lágrimas. as perdas...) e que ela deixa em nossas mãos. Se vamos olha-los com dúvidas e temores, como se pássaros feridos, ou se vamos deixá-los partirem da palma da mão para um lugar quietinho, onde serão lembrados como a.p.r.e.n.d.i.z.a.d.o. E, a partir daí, permitir que os nossos olhos admirem uma linha nem tão distante assim agora, que sempre esperou pelo dia no qual possamos, finalmente, a.m.a.n.h.e.c.e.r.

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