Red
Dizer teu nome é relembrar inícios, é retomar palavras (até
as não-ditas), é fazer silêncio. Dizer teu nome é quase: quase-aconteceu,
quase-amor, quase-juntos, quase-para-sempre. São tantas as memórias que
impregnam na mente, no coração, na pele, na boca. Dizer teu nome é viver de
incertezas, é saber que não fomos e não entender o porquê. É duvidar dos
motivos da vida, do destino, da espera e do fracasso em não termos conseguido fechar
aquele ciclo juntos, e ter ficado só a tentativa. Dizer teu nome é inconstância,
é saudade, é rebelião de um querer que também não será mais. É turbilhão,
sentimentos que duelam, e o meu coração seco, tentando compreender que podia
ter mais do que apenas a chance de dizer seu nome, como o faço hoje. É chama, é
quase, é maré alta, é sol a pino, é desejo e inquietude, e é sempre um dia em que
falta algo mais do de apenas eu, dizendo o teu nome.
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