2012/12/13

Teu nome


Red

Dizer teu nome é relembrar inícios, é retomar palavras (até as não-ditas), é fazer silêncio. Dizer teu nome é quase: quase-aconteceu, quase-amor, quase-juntos, quase-para-sempre. São tantas as memórias que impregnam na mente, no coração, na pele, na boca. Dizer teu nome é viver de incertezas, é saber que não fomos e não entender o porquê. É duvidar dos motivos da vida, do destino, da espera e do fracasso em não termos conseguido fechar aquele ciclo juntos, e ter ficado só a tentativa. Dizer teu nome é inconstância, é saudade, é rebelião de um querer que também não será mais. É turbilhão, sentimentos que duelam, e o meu coração seco, tentando compreender que podia ter mais do que apenas a chance de dizer seu nome, como o faço hoje. É chama, é quase, é maré alta, é sol a pino, é desejo e inquietude, e é sempre um dia em que falta algo mais do de apenas eu, dizendo o teu nome.

Nenhum comentário:

Postar um comentário