Foto - Desconheço Autoria
Está na hora de desvestir essa carcaça de orgulho e de achar
que somos felizes sempre, e que jamais nos sentimos desanimados. Ser forte é
assumir fraquezas, tropeços, desânimos, fracassos. Ninguém é feliz o tempo todo
e não há como atribuir felicidade interior a pessoas que nos cercam. Ou eu sou
feliz a despeito do que me cerca ou sou a mais medíocre das criaturas. Só que
ser feliz não é só sorriso, não é só escancarar uma boca cheia de dentes, não é
sair pulando e cantarolando o quão infeliz é aquele que não vive o que eu vivo.
Ser feliz, para mim, é se descobrir pequeno, miúdo e incapaz. É ter consciência
dessas limitações todas, mas viver mesmo assim, procurando um significado para
as desilusões. Se a vida ensinasse só na felicidade, quão chato seria. Mas é na
derrota, no vale, na indecisão e nas crises que temos a oportunidade de saber
do que de fato somos feitos.
Então está na hora de lavar essa cara pintada de
pseudo-felicidade e assumir que somos simplesmente humanos, passivos de erros,
mas também de acertos; de infelicidades, mas também de momentos bons; de choros,
mas também de sorrisos. Ser feliz é ser completo do bom e do ruim, desde que
saibamos equilibrar e saber para o que vivemos.
Acredite, ser verdadeiro consigo mesmo hoje em dia é um
grande desafio.
Então permita-me, permita-se ser e se ver de verdade, INTEIRO.
É encantador.
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