2005/06/02

Do pensar


Luana Bernardo - Tu

E eu, que vou tentando juntar pedaços dos desejos, encontrar um norte nas entrelinhas de um passado indiferente e um presente inerte, me estilhaço quando idealizo algo ainda distante da minha realidade. É que o querer, aliado a um sentimento de impotência, acaba por tornar supérfluas qualquer atitude, e oblíquas as tentativas de ver além. Não sei, portanto, se chamo apenas de silêncio esse tanto de vazio que veio habitar em mim quando resolvi refutar as momentaneidades que me cercavam, e os desejos que não eram recíprocos...

Sento, então, numa cadeira qualquer, limitando-me a ler um punhado de letras. Ou apenas descanso no aconchego dos braços. E, na tentativa vã de fugir da solidão, torno-me escrava, cativa do meu próprio pensamento.

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