2007/08/07

Do estar longe e só, e pensar maior ou Relatos de mais uma viagem

Numa daquelas praias, ou pores do sol, foi que pude perceber o quão pequenas são as coisas que acreditei serem maiores.


O medo lá é o grão de areia, a indiferença uma gota e, a cicatriz que trago no peito, que eu pensei não caber mais em mim, são as pedras. Ínfimos perto do que eu pensava que fossem.
Lá, longe de tudo e de todos, distante do que me sufoca, o mundo é tão maior, o meu sorriso é tão mais brando, o meu pensamento tão diferente...

E eu só tive mais certeza de que o que tem que fazer sentido não é o coração e as palavras dos outros que, muitas vezes, mentem, fingem, passam uma vontade desesperadora de ser feliz, acabando por deixar transparecer a tristeza interior. O que tem que ser o nosso norte são os sentimentos verdadeiros e sinceros, que re-nascem a cada manhã. E cada um sabe quais são.

Às vezes nem é preciso estar tão longe assim, basta sair para admirar uma paisagem diferente. Ou melhor, muitas vezes o ``estar longe``resume-se a fechar a porta do quarto. Daí tudo começa de novo a fazer sentido.

Às vezes, só longe e sozinho é que a gente consegue medir o tamanho que somos, as coisas que temos, e a dimensão daquilo que podemos vir a ser.

E um singelo, porém verdadeiro sorriso na face, é capaz de traduzir essa amplidão. Ou não.

Fotos tiradas por mim e por Maria Carolina. :)

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