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Então tu me chegarias manso e absorto, como quem deseja um pedaço do meu coração para tomar de conta. Tu me chegarias menino e ingênuo, querendo descobrir algo de mim que há muito desconheces. Eu te pediria para sentares ao meu lado, beijaria os teus lábios e sussurraria aos teus ouvidos uma palavra que te trouxesse paz. Que sabe amor, ou compreensão, ou cumplicidade. Tu não me entenderias por completo e eu, sem temer que deixasses, que fosses, tomaria a tua mão e entrelaçaria os teus dedos nos meus. Tu te acalmarias e me escutaria, como sempre o fizeste, mais uma vez. E eu começaria a te mostrar, uma a uma, as minhas mais profundas cicatrizes.
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